Mudei de Vida

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Terça-feira, 04 / 09 / 07

O nascimento do meu filhote...

Nasceu de parto normal eram 09:00 am ponto. Lindo. O meu grande amor.
Um verdadeiro reguila.
Até na educação do filho tentaram meter o bedelho. Aí fui firme.
 
Após o nascimento entrei em depressão.
Como devem calcular, é complicado chegar ás 3 da tarde e dar-mos por nós em pijama ainda com a cara e os dentes por lavar. E para cúmulo dos cúmulos, quando eu já tinha tratado de arranjar uma ama de confiança para o meu filho e na véspera de começar a trabalhar fui informada que estava despedida. O meu contrato terminava em Julho e não foi renovado.
 
E pronto(s), tomámos a decisão que ficaria em casa até o filhote ter idade para ir para a escola.
Foi uma experiência fantástica e que aconselho a todas as mamãs. É um período que nunca mais volta e que eu aproveitei da melhor maneira.
 
Mas não foi fácil, pois a dada altura rejeitei por completo o bebe, ninguém me podia sequer dirigir a palavra que começava logo a chorar e ainda por cima tinha a casa cheia de visitas a querer conhecer o meu bebe e eu cheia de vergonha da casa que tinha.
Fui um cocktail de emoções que não consegui gerir.
 
Comecei com consultas de psicologia.
Obrigada Dra. CP. Foi uma grande, grande amiga.
Ela conhecia a minha vida melhor que ninguém, dava-me os conselhos certos e era nela que me apoiava a toda a hora.
 
Ainda hoje, passado 5 anos, recorro á sua tranquilidade e serenidade para me ajudar a resolver os problemas e emoções que vão na minha cabeça.
E como se não bastasse, a minha vida com o meu marido estava a dar as últimas, mas agora era diferente. Não podíamos dar ao meu filho um ambiente de discussões e faltas de respeito, então a palavra “divorcio” foi muitas vezes mencionada.
Decidimos fazer terapia de casal. Mas é muito difícil tomar decisões, quando a origem dos nossos problemas está na nossa própria mãe.
Ele estava entre a espada e a parede. Todas as decisões que tomava-mos em terapia ele nunca as conseguiu cumprir. Tudo aquilo que envolvesse a mãe dele ficava parado á espera que ela se apercebesse do que se estava a passar e mudasse de atitude.
Como devem calcular, nada mudou.
 
Cenas do próximo capitulo: Os meus pais

 

publicado por mudeidevida às 12:21
Terça-feira, 04 / 09 / 07

A minha outra vida...

Pois bem, a vida faz-nos estas surpresas e nós achamos que sabemos sempre tudo e que os outros estão errados. Desta vez eu estava errada.
 
Vivia como se tivesse alugado uma casa, mobilada com a agravante de a dona morar connosco.
 
Não conseguia estar um minuto sozinha com o meu marido sem que ela viesse com qualquer coisa para fazer ou dizer.
Claro que a situação era muito confortável para ela, pois continuava a ter a sua casa, as suas coisas, sem pagar um tostão pelo que quer que fosse.
Quando eu conto determinadas coisas a amigas minhas, algumas não querem acreditar porque ela afinal é mãe.
Sim é mãe, mas tem sido uma mãe oportunista. Não me deixava fazer comer, quando eu comprava alguma coisa lá para casa, dizia sempre que eu não deveria ter comprado, porque ela tinha as coisas dela. Foram tempos muito complicados em que eu não podia nem conseguia fazer nada lá em casa.
 
Pois bem, imaginem como era a casa. A casa foi habitada pela avó do meu marido em 1952.
Ela, na altura mobilou a casa com mobílias que trouxe de Angola, Índia, Congo...
Quando ela morreu a minha sogra ficou com a casa e com algumas mobílias da sogra, e ainda juntou as mobílias que ela, a sra. minha sogra, trouxe de África. Resumindo, parecia que estava a entrar no museu de Arte Antiga, neste caso Arte Velha.
 
Mas para eles era tudo lindo. Nunca consegui arranjar espaço para arrumar as minhas coisas. Como? Impossível, por muito grande que a casa seja, não dá para tudo.
Só a minha sala de estar tem três móveis de parede, três sofás, três mesas de apoio e uma para a televisão.
 
Tudo o que eu tinha pedido para ser alterado, foi "aprovado" no inicio mas depois de estarmos instalados voltou com a palavra a trás. É típico dela.
 
Acreditem que eu nunca convidei amigos meus para ir a minha casa. Esse é o meu grande recalcamento. Nunca tive uma casa confortável em que apetecesse estar a conviver com os amigos e com a família. A minha avó entrou pela 1ª vez em minha casa no Natal de 2006.
O tempo foi passando, e com isso as discussões com o  meu marido aumentando. Ela sempre fingiu que não percebia a razão das nossas discussões.
 
 
Até que em 2002 o meu filhote nasceu.
sinto-me: Aliviada.
publicado por mudeidevida às 09:19
Diário de conversas e desconversas sobre a minha, a tua e a nossa vida...

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